chega o momento aos bocados
segundo a segundo
atrás da porta encostada.
sinto-lhe o cheiro com o vento,
a corrente de ar pela janela aberta provocada
o momento de nada, o vazio
atrás da porta encostada.
a solidão acompanha-o, espera
o toque da campainha que não existe e
acompanha todos os momentos que
espreitam atrás da porta encostada.
na casa sempre vazia:
a lareira por acender
a loiça por lavar
a cama por fazer
a planta morta por regar.
na casa sempre vazia
só a solidão pode morar,
a solidão e eu
com o momento vazio, atrás da porta encostada,
a espreitar.
11 de Janeiro 2008
Hugo Sousa
1 comentário:
tá mesmo lá!
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