mal do bicho que não sai
do esconderijo calcado
pelos pés de quem vai
através do mundo desolado
as paredes daqueles encostos
com a cabeça descaída
os braços ligeiramente mortos
enquanto se pensa na vida
mal do bicho que não sai
do esconderijo coberto
pelo andar de quem pisa
terras quentes deste deserto
estão palavras magoadas
nas conversas que nos consomem
as ofensas abusadas
da mulher para o homem
mal do bicho que não sai
da toca funda escurecida
pela noite que nos chega
com tuas ofensas adormecia
21 de Dezembro 2007
Hugo Sousa
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