não conheço mais caminhos,
para nós só existem atalhos
por descobrir se existir vontade.
os bocados de madeira escasseiam
e o lume teme uma gota de água,
suficiente para o matar.
o que é a verdade?
são campos vazios seguros pelo tempo
ou são as cidades a transbordar
de batom e roupas elegantes?
eu sou aquilo que não és,
vivo de tudo o que tu não vives
e sinto, sinto do verbo sentir
aquele verbo que não sabes conjugar.
apaixono-me vezes sem fim,
desgosto vezes sem fim
a multiplicar por dois e
todas as vezes que já me apaixonei
e num instante desgostei.
os sentimentos como eu:
não sabem quem são.
22 Abril 2007
Hugo Sousa
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