terça-feira, março 13, 2007

Posso Ser Todas As Coisas

posso ser todas as coisas
menos as coisas que querem que eu seja:
entre o tu e o eu existe uma fronteira,
existe uma muralha chamada de contradição.

não sei até onde me vou levar,
dentro da intenção, o capitulo final
está escrito connosco a precisar
de um sentido para a vida sem ser a morte.
sem ser a morte, não sei onde vou chegar.

começa a sonhar quando
estas palavras acabarem,
um intervalo de vida com um sonho:
na imaginação ninguém te pode deter.
apaga as luzes.

ritual incomodativo, a dor antes da morte
ainda é vida, não entendo a preocupação
com o desconhecido. o desconhecido.
a vida já não é estranha: é dor e sangue
mas é o medo ao desconhecido que vive, imortal.

HUGO SOUSA
13 Março 2007

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