assusto-me ao espelho que me reflecte,
passo a mão pelos olhos reflectidos no espelho
e toco num ovo de um animal soterrado:
sinto o primeiro sinal de vida selvagem.
nú, dança nú e dança, dança
entre a árvore e eu, dança comigo
antes que o mundo fuja e pare de chover.
dança a correr, o relógio não acalma
e a música tem fim quando a terra tremer.
podemos conseguir se exprimentarmos,
dança comigo caído no chão molhado.
aproxima-te, mas não tão rápido,
o mundo começa a fugir.
ainda tens tempo se quiseres exprimentar,
dança com tudo o que aqui está mas não existe,
corre e dança comigo, dança comigo e
molda a minha pele selvagem.
HUGO SOUSA
13 Março 2007
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