Estou completamente pedrado,
as coisas circunscritas em meu redor
são-me invisiveis e intocáveis,
um doce mar, altamente azulado,
se desenhada exageradamente azedo
na pelicula mais fina do meu olho.
Compara-se, as quedas de impérios
à sombra deslocada que aparece
à noite no andar de alguém pela rua,
pelos becos escuros e manchados de
sangue e de suor seco pelo sol,
amarelado com vestigios avermelhados.
Sento-me na calçada, mais perto
e mais suja, e mais incompreendida
que avisto perante estes olhos
completamente pedrados.
O poema da droga, não fuma desta tinta,
não inspira destas letras,
consome papel, e
fica completamente asfixiado com
tanta estupidez e falta de talento.
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fim
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HUGO SOUSA
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