segunda-feira, maio 31, 2004

Morte

A vida é beleza
Para quem tem muita sorte
Ir à rua, ver a Natureza
Olhar em frente e ver a morte
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Saudade dos que cá ficam
Não passa de dor e desagrado
Olhem p'la janela e sintam
O que no mundo se tem passado
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Ouço gritos e sons mudos
Dessas pedras da calçada
Vejo gestos desses miúdos,
Onde a fome tem pesado
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Caem lágrimas de meus olhos
Penso em fracasso, sangue e dor
Solto suspiros em alvorada...
Peço a Deus quem me dê amor
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É tudo simples e concreto
Para quem da vida não teve nada
É tudo fácil e discreto
Espero a morte de madrugada
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fim
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HUGO SOUSA

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