domingo, abril 01, 2007

Quantas Vezes

por vezes - e que muitas vezes são -
não caminhamos sozinhos
nos passeios nocturnos
somos acompanhados
pelo silêncio e o medo de que
tudo se torne uniforme,
uma repetição noite e dia.
são olhares que tentam não olhar,
bocas em movimento que tentam não falar
para mim.
são corpos presentes num caminho
entre a idade e o tempo,
entre as ruas que já foram,
as que são e as nunca pisadas por corpos;
calcadas em pensamentos e destinos
criados pelo sonho anti-realidade.


30 Março 2007
Hugo Sousa

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