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Painel
de câncro,
nostálgica lembrança
de ti,
mata-me
o sabor,
espasmos de
loucura
desencantam o suor
das coisas.
ser pintado
de preto e
vestir de morte
todo o corpo
de quem imagino,
há silêncio
pensado à
tua volta,
entre tudo, a
tua voz não
consegue falar,
vive a noite
que penetrou em ti.
mas não é dai
que nascem as estrelas,
onde adormecem
os mortos que
ainda respiram,
é onde se perdem
os melancólicos
olhos que não vêm.
existe branco e tão branco
onde dormes
e vês-te vazio
és aquele que
te acompanha
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fim
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HUGO SOUSA
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